Thursday, September 2, 2010

A chegada...

“Bom dia ô!! :) Como? Por aqui leve-leve...

A primeira semana em São Tomé foi de pura adaptação à confusão da cidade, às motas e carros que andam desregradamente por toda a cidade, às torneiras que não deitam pinga de água (abençoadas toalhitas!), ao novo amigo inseparável sabão azul e branco (que lava loiça, roupa e tudo o mais que precise de ser lavado :P), aos piropos que recebemos em todo o lado por onde passamos e às crianças que gritam "branca" sempre que nos vêem passar.

Reconhecemos de imediato a casa que nos iria acolher. As reacções foram diversas, mas ao fim de dois dias já nos sentiamos em casa.

Fomos muito bem recebidas pelo Pastor Francisco e a nossa nova amiga Julieta que nos preparou as duas primeiras refeições e percebemos de imediato que a banana iria ser o ingrediente predominante das nossas refeições! (seja ela cozida, frita, assada ou crua).
Como planeado nesta primeira semana realizámos os primeiros contactos com os parceiros do projecto e ainda com a Embaixada e o Ministério da Educação. Tanto com o Instituto da Juventude como com o grupo da Roça, estão confirmadas as datas, os participantes e horários.
Assistimos ao nosso primeiro culto, fomos apresentadas à comunidade e muito bem recebidas :) ´

Fizemos uma visitinha à casa da sopa de São Tomé e conhecemos a famosa Lili, que nos acompanhou na nossa primeira ida ao mercado e nos ensinou a regatear os preços!”

O “Paraíso do Príncipe”...

Ao fim de uma semana, já ambientadas e já ouvindo o nosso nome ao subir o Bairro do Riboque, tivemos que deixar São Tomé com destino ao paraíso do Príncipe. A viagem na mini mini mini avioneta foi um tanto ou quanto emocionante... e com uma vista que compensava as turbulências!

Chegadas sãs e salvas ao Príncipe, a recepção foi com muita animação africana pois apanhámos a época das eleições. Estava à nossa espera o Pastor Salvador. Um senhor muito querido com quase 90 anos (vá 80 :P), que como não podia deixar de ser, possui um ritmo ainda mais leve-leve, o que também se verifica na cidade de Santo António que é bastante pequenina, calma e bonita.”

Alojamento...

“Uma casa vazia, com um colchão, uma mesa, água nas torneiras, luz só à noite e até uma determinada hora e um fogãozinho a petróleo. Tomámos o nosso primeiro banho e lavámos o cabelo ao fim de 7 dias!!! Yupiiiiii :)”

Primeira semana de trabalho...

“Iniciámos o nosso trabalho na Casa da Sopa na 2ªfeira, dia 26 de Julho. Estamos a trabalhar com duas animadoras (a D.Esperança e a D.Argentina) e temos a ajuda da D.Maria (cozinheira). A nossa principal dificuldade foi (e continua a ser) a comunicação.”
“Temos cerca de 30 crianças por dia e cinco jovens que nos ajudam de forma irregular a dinamizar as actividades e alguns jogos, estamos a tentar envolvê-los nas actividades e vamos tentando dia-a-dia adaptar-nos a encontrar o melhor caminho para alcançar os nossos objectivos. (...) Tem sido um grande desafio!”

“Iniciámos esta semana com o objectivo de "congelar" as histórias, pois sentimos que estavam a tornar-se repetitivas (e até mesmo maçadoras).No entanto, as animadoras diariamente sugeriram que fosse contada uma história. Tentámos sempre valorizar esta iniciativa, dando-lhes espaço para as contarem, e fomos tentando introduzir novas actividades: fazerfantoches; realizar jogos que fossem de encontro aos valores trabalhados nas histórias; iniciámos a construção de um jogo de tabuleiro gigante no qual tentámos envolver as crianças e as animadoras para que o sentissem como seu; pintura de pedras e conchas;desenhos, entre outros...”
“Hoje (sexta feira), sentimos o gostinho de mais uma pequena grande vitória, ao termos conseguido que uma das animadoras dinamizasse uma actividade após ter feito referência a uma história: a animadora pediu às crianças que fizessem um desenho, sugerindo o que deveriam desenhar e até distribuiu as folhas para que o fizessem :))))”
“Na terça feira fomos convidadas para o programa em directo "Café daManhã" da Rádio Regional do Príncipe onde apresentámos o ISU, oProjecto NDM 2010 no geral, e ainda, e mais especificamente, o projecto aqui na Casa da Sopa do Príncipe. Foi uma experiência muito engraçada e ficámos disponíveis para lá voltar (...)”
Beijinhos! Tchauê!Cristel, Marta e Marlene!

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