Thursday, August 27, 2009

DjarFogo di Sodadi

Terras Sabi, como dizem as pessoas do Fogo. Ao início, a expressão desconhecida, mas pouco a pouco a palavra vai adquirindo o seu significado. Cinco voluntárias partiram de Portugal com incertezas, dúvidas, tudo pairava no ar, contudo os dias longos reforçaram o acreditar num projecto, no Nô Djunta Mon.
Nô Djunta Mon, um sentimento, um projecto, uma aventura, um desafio, um acreditar, enfim, uma partida para um desconhecido que ambicionamos desbravar e conquistar. Aterrar em Cabo-Verde trouxe-nos uma dualidade de emoções que contrapõe o que deixámos para trás quando partimos e as respostas que agora nos obrigámos a dar a todos aqueles que connosco trabalharam e em nós acreditaram. Os sorrisos de recepção multiplicaram-se, e a boa vontade desta gente fez desvanecer todos os nossos receios.
Hoje, duas semanas após a chegada, sentimo-nos integrados e com uma sede imensa de recolher tudo aquilo que este povo, de boa vontade, nos tem para dar. Aqui a realidade ultrapassa-nos, o relógio deixa de fazer sentido, basta-nos um gesto, uma demonstração de interesse, o sol e o próprio clima, para fazer do nosso dia algo diferente e particular. Aqui basta ser, só ser.

A Equipa Nô Djunta Mon Viseu 2009

Fátima Amorim
Andreia Azevedo
Catarina Ramos
Luciana Azevedo
Rita Ferreira

Badjudas di Guiné – O início da aventura "sabi"...:)

Bissau, 26 de Agosto de 2009

Faz hoje um mês que chegamos ao tão desejado destino...Guiné-Bissau!
A uma Guiné tão falada, tão sonhada, tão vivida a uma distância que estava longe de traduzir o que é estar de facto nesta terra "sabi"!
Tudo o que pudéssemos ter idealizado foi completamente absorvido e transformado por todas nós, de modo diferente, em que cada uma foi encontrando as suas referencias, as suas pessoas, a sua missão!
Passada a inicial fase da "lua-de-mel" num misto de histerismo, alegria e entusiasmo, começamos a descer à terra e a adaptarmo-nos a uma realidade que também tem as suas peculiaridades. Porém, algo em nós permanece como uma constante...os sorrisos na nossa cara denunciam o nosso deslumbre e encantamento.
Após a primeira semana, iniciamos o trabalho – a primeira formação de formadores. Estivemos a trabalhar com jovens que têm um enorme potencial, o que nos deixou a todas muito entusiasmadas e com imenso orgulho. Foi um privilégio conhecer estas pessoas e posteriormente ter oportunidade de trabalhar com alguns deles já em Mansoa.
Terminada esta primeira fase, embarcamos então na nossa segunda viagem – Mansoa – para acompanhar a 4ª edição da Escola Nacional de Voluntariado, trabalhando com alguns destes recém-formadores.
A chegada foi um tanto ou quanto atribulada o que fez com que tivéssemos que nos adaptar a uma realidade completamente inesperada. Mas superadas as primeiras provas (sobretudo as picadas dos mosquitos e restante bicharada que nos acompanhava dia e noite), Mansoa foi até agora o grande auge do projecto, onde nos sentimos verdadeiramente a viver os 4 pilares...o trabalho correu igualmente muito bem, estamos muito orgulhosas do trabalho que os nossos ex-formandos fizeram e muito satisfeitas com a grande capacidade que os jovens formandos (campistas) têm em nos surpreender positivamente a cada dia! A interculturalidade foi vivida ao máximo, intensamente partilhada e enriquecida por pequenos tesouros que guardaremos para sempre nos nossos corações ("catai agua"; "fete-feti" ropa; "sujaboca"; "andorinha"; "tisi cabelo"; "dispidida é ka sabi"; "dama e boy da noite"; "play-back no Zabala"; "cuntchurro"; "arruz arruz arruz"; "djanti djanti"; "na bin, na bai"; "te logo, te logo"; "passerelle de Mansoa"; "Ahgui&Agui"; "Nha homenagem pa bo..."; entre outros...).
O grupo esteve sempre unido, dando no entanto tempo e espaço para que cada uma fizesse a sua própria descoberta pessoal...espalhávamos magia por onde quer que passássemos...Cada uma à sua maneira viveu momentos únicos e inesquecíveis, descobrindo emoções e potencialidades que apenas é possível descobrir num sítio humanamente tão cativante e poderoso!
Foi sem dúvida um enorme desafio que pôs à prova os nossos limites e a nossa entrega a algo que é muito mais do que desenvolvimento pessoal...uma verdadeira lição para a vida!

A viagem de regresso a Bissau foi no mínimo surreal...cenas do próximo episódio...a não perder!

Mantenhas pa abós...

Aissatou
Aua
Moussu
Mariama
:)

NDM Guiné-Bissau 09
Marta Ceitil, Andreyna Caíres, Alexandra Abelha e Telma Santos

Wednesday, August 19, 2009

Partida, "Lagarta" (Largada), Fugida!











Já partiram os voluntários NDM 09. A Andreyna, a Telma, a Marta e a Alexandra para a Guiné-Bissau e a Sofia, o Ezequiel, a Maria e o Hugo para Cabo-Verde.
Mais uma vez, foi com muita emoção, que nos despedimos no aeroporto…contentes por partir, nós tristes por ficar…

As formações a desenvolver na terra sabi/sab, passam por Associativismo Juvenil, Voluntariado, Pedagogias de Português e Matemática, Educação para a saúde e Dinamização Comunitária.

Confiantes no trabalho e no empenho de toda a equipa do Nô Djunta Mon, que inclui voluntários no terreno, voluntários em Portugal e equipa técnica, esperamos ansiosos por novas dos Nô Djuntas.

Boa Sorte e…

Nô Sta Djunto!

Friday, August 14, 2009

Festa no Jamaica


Jamaica! Esse lugar que nos acolhe há já uns anos para cá, prestando um grande apoio na nossa “luta” que é o financiamento dos projectos Nô Djunta Mon.
A festa foi um sucesso e estamos todos de parabéns por isso…reuniões bem de madrugada, panfletos pelo Bairro, sorrisos à entrada da discoteca, qual RP de longa data, contagens monetárias no toillete, dançar sem querer parar, cantar com as mãos a fazerem as vezes de microfone, enfim foi a festa dos anos 80 no Jamaica.

Obrigada à gerência do Jamaica, obrigada a todos os envolvidos na organização da festa, “obrigado senhor ISU”, por nos proporcionar momentos destes!