Friday, November 30, 2007

ISU NA TV - JOSÉ FIDALGO APADRINHA CAMPANHA DE NATAL "QUANTO TEMPO FALTA PARA UM MUNDO MELHOR?"

O ISU lança este Natal a Campanha "Quanto tempo falta para um mundo melhor?"!

O ISU vai promover relógios institucionais cujas receitas revertem para os projectos de Cooperação para o Desenvolvimento, o Nô Djunta Mon!

O ISU realiza o seu primeiro spot institucional com o actor José Fidalgo, o nosso padrinho da campanha!

Obrigada a todos os que acreditam nos nossos projectos, a todos os que se reveêm na nossa missão e a todos os que contribuem para que os nossos projectos sejam cada vez mais e maiores!

COOL HIPNOISE E DJ ANDY H JUNTAM-SE AO INSTITUTO DE SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO UNIVERSITÁRIA NO MUSIC BOX PARA FESTA DE LANÇAMENTO CAMPANHA DE NATAL



5 de Dezembro, pelas 23 horas data uma noite especial em que boa música, irreverência e dança se juntam a uma causa solidária – o Lançamento de uma Campanha de Natal de angariação de fundos promovida pelo Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária.

Esta campanha conhecida pelo nome “Quanto tempo falta para um mundo melhor?” tem como missão a venda de 1000 relógios cujas receitas revertem directamente para projectos de cooperação nos Palop, baptizados pelo nome Nô Djunta Mon.

O som irrequieto dos consagrados Cool Hipnoise seguidos de DJ Andy – já com presença assídua no Lux opArt e Fluid, chega mais uma vez ao Music Box, espaço de referência na noite lisboeta. Aguarda-nos um encontro entre grandes músicos numa viagem do soul ao balanço do jazz e do funk passando pelos ritmos quentes do reggae.

Um concerto que será marcado por uma sonoridade urbana, reinventada a cada ano que passa do percurso dos Cool Hipnoise – confirmando-se como um dos melhores projectos de música portuguesa do momento. Uma noite que se prolonga com DJ Andy contagiando a pista até de madrugada.

A não perder!

Wednesday, November 14, 2007

CRÓNICAS DA TERRA


Estas palavras…!

…estas palavras escrevo para alguém! Para alguém que tal como eu está longe! Longe do meu país, longe da minha família, de todos os portos de abrigo que conheço…longe de mim! Até de mim… Que sensação é esta? Que desarranjar…que desconcertar! Tudo rodopia a minha volta a uma velocidade ansiosa de quem não quer perder pitada!

O meu chão já não é o mesmo…!
Agora no meu chão não chove! O meu quadro é feito de montanhas pontiagudas que rompem os céus e rasgam as nuvens! O meu chão dança debaixo dos meus pés delicados, que gretam ao sabor de cada “topada” que dou nesta estrada de cheiros, tactos e sabores que familiarmente estranho.

A minha lua já não é a mesma…!
Agora ando com a cabeça na terra e os pés na lua! No chão árido, duro e tenebroso que me leva, num caminho interior, até a um mar quente que me abraça e reconforta. Onde as ondas se misturam com risos, com o chapinhar de brincadeiras e pequenos tubarões que se perdem na espuma branca da realidade.

A minha rua já não é a mesma…!
Na minha rua já não há barulhos de gente grande e confusa! Na minha rua buzinam os risos das crianças, que maravilham os meus ouvidos e atormentam a minha paciência. Mas quando acho que já não tenho mais, ela renasce ao som de mais uma gargalhada ou de um “Konquir” de porta!

A minha casa já não é a mesma…!
A minha casa agora é outra! É bem quentinha e abafadinha! No calor da noite, transpira baratas, “sempés” e ratos. Mas é a minha casa. A casa que se enche de gente num vai e vem de visitantes que cumprem os mais diferentes rituais. Ora se joga as cartas, ora se discute, ora se brinca, ora se conversa, ora se dança, ora se desespera.

Os meus formandos já não são os mesmos…!
Os meus formandos olham-nos com a sede do saber a brotar pelos olhos, como se três (a conta que Deus fez) não chegasse para tamanha curiosidade. Os meus formandos não compreendem tudo mas vão mais além do que alguém que sempre soube tudo gratuitamente. Os meus formandos têm instinto de verdadeiros leões, que esperam atentamente pela resposta que está não dentro de nós mas sim neles. Os meus formandos são verdadeiros sabichões.

A minha família já não é a mesma…!
A minha família é bem pequenina! A minha família faz crescer o espírito e ensina a viver, a torturar os defeitos e a brincar com as virtudes. A minha família goza, a minha família dá gritinhos que nem gente histérica, a minha família dá gargalhadas de “Sabura”, a minha família “amarra a burra” que nem “Kodés” mimados. A minha família é um caso que de real não tem nada e que de sonho tem tudo!

Nada disto é meu! Mas tudo isto me pertence… Não abro mão!
Mi’n ta abri môn! Mi ta djunta môn!

Equipa Nô Djunta Mon 07
Ana Miranda, André Bordeira, Maria do Céu
Cabo Verde

23/10/2007

Monday, November 12, 2007

DA WEASEL... OBRIGADO!




Os Da Weasel juntaram-se ao Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária este Sábado, dia 10 de Novembro, no concerto que a banda deu no Pavilhão Atlântico e autografaram 50 postais que ofereceram ao ISU.

Durante o concerto os postais foram vendidos e o ISU ofereceu um caderno institucional por cada postal autografado. Os nossos objectivos de angariação de fundos e divulgação dos nossos projectos de cooperação para o desenvolvimento nos Palop foram atingidos e nasceu mais uma parceria.

O ISU conquistou novos amigos e agradece à organização, em nome de Pedro Pestana, à Oficina da Ilusão, ao Pavilhão Atlântico e aos Da Weasel toda a amizade.

Até uma próxima!

ISU








Thursday, November 8, 2007

ESTE NATAL OFEREÇA MUITO MAIS QUE UM PRESENTE



Está a chegar a Campanha de Natal do Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária, no âmbito das actividades de angariação de fundos para os projectos de voluntariado para a cooperação - Nô Djunta Mon.

Sob o tema "Quanto tempo falta para um mundo melhor?" o ISU prepara-se para lançar uma colecção exclusiva de 1000 relógios.

Esta campanha assume diferentes actividades:

- Aposta numa forte divulgação junto dos meios de comunicação social (realização de um anúncio para TV, cobertura de canais de rádios e estações televisivas, inserção em programas de televisão, e apoio do actor José Fidalgo que irá apadrinhar esta causa!);

- Bancas de promoção e divulgação da campanha:
Armazéns do Chiado: 10, 11, 12 e 13 de Dezembro, o dia todo
Estação de Metro Baixa-Chiado: 15, 16, 20, 21, 22 e 23 de Dezembro, o dia todo
Estacão de Metro Colégio Militar (Colombo): 15, 16, 20, 21, 22 e 23 de Dezembro,
o dia todo
Estação de Metro Marquês de Pombal: 17, 18 e 19 de Dezembro, o dia todo

Sportzone - Acção de promoção com voluntário promotor nas lojas Amoreiras e Colombo: 8 e 9 de Dezembro

Por definir banca Papelaria Fernandes;

- Festa de lançamento MUSIC BOX - 5 de Dezembro;

Para já o ISU agradece o apoio:

- Europcar pela cedência de uma carrinha para apoio à campanha;
- L´agence pelo contacto e acompanhamento da presença do actor agenciado José Fidalgo na campanha;
- Poster Digital pela cedência de impressões a aplicar nas bancas de apoio à Campanha;
- Agência R.2 a cedência de duas bancadas e dois roll-ups de apoio à campanha;
- 9 imagem pela oferta da produção de 1000 Flyers;
- Metropolitano de Lisboa pela cedência de espaços para a execução da campanha;
- Armazéns do Chiado pela cedência de espaços para execução da campanha;
- Ficções Media pelo apoio criativo à execução dos relógios;
- Bárbara Teixeira pelo incansável apoio criativo para a execução de todos os materiais de divulgação da campanha!

Obrigado

Wednesday, October 31, 2007

10 de Novembro - ISU e DA WEASEL Juntos no Pavilhão Atlântico numa Acção de Angariação de Fundos



A Banda Da Weasel junta-se numa campanha de angariação de fundos do Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária (ISU) para projectos de cooperação para o desenvolvimento nos Palop.

O desafio implícito às mensagens que compõem tantas letras e a expressão da música dos Da weasel ganha forma imediata numa acção de solidariedade em que a banda dá a voz e o corpo para juntos darem o seu contributo para projectos de cooperação na Guiné-Bissau e Cabo-Verde e aceitam o desafio de doar os seus postais autografados para esta Organização para o Desenvolvimento os vender juntamente com os cadernos institucionais do ISU , cujas receitas revertem para os projectos afamados pelo nome Nô Djunta Mon.

No dia 10 de Novembro a banda estará no Pavilhão Atlântico de mãos dadas com esta Organização apadrinhando assim a missão de projectos que promovem actividades como:

A criação e dinamização de 5 bibliotecas em Cabo-Verde e 6 na Guiné-Bissau.
A formação de 150 líderes juvenis em Cabo Verde e 1700 jovens de 30 Associações Juvenis na Guiné-Bissau em voluntariado, informática e desenvolvimento comunitário
A Criação de um Centro Juvenil
A Realização de 6 acções de formação para educadores em educação para a saúde e pedagogia
A Formação de 700 mulheres em Microcrédito, actividades geradoras de rendimento e Nutrição Infantil
A Criação de programas de rádio comunitária de promoção da Língua Portuguesa
A Implementação de programas de formação e sensibilização para os Direitos Humanos
A dinamização de um Museu dos Bijagós promovendo a cultura local e a preservação do património.

PROGRAMA CONCERTO:

RUI MASSENA E ORQUESTRA. AS PRIMEIRAS CONFIRMAÇÕES. Uma Das Novidades para o Pavilhão Atlântico: Maestro Rui Massena e Orquestra. Pois é: "Mundos Mudos" e "Negócios Estrangeiros", temas orquestrados e dirigidos pelo maestro Rui Massena no último trabalho da banda "Amor, Escárnio e Maldizer" vão ser interpretados em conjunto no Pavilhão Atlântico pelo Maestro, Orquestra e os Da Weasel. Mas as surpresas podem não ficar por aqui. Neste momento estão a ser estudadas as orquestrações para mais 1 ou 2 temas do repertório da banda.

DONINHAS E GATOS SÓ PODEM DAR UM ENCONTRO EXPLOSIVO E MUITO FEDORENTO. Depois de terem participado em "Amor, Escárnio e Maldizer" com o Skit " Ó Nigga, tu és Nigga, Nigga?" os Gatos (Fedorentos), juntam-se às Doninhas para apresentarem um sketch inspirado nessa mesma participação, agora num formato Live.

MANUEL CRUZ VISITA DONINHAS NO DIA D. O álbum "Re-Definições", contou com a participação de Manuel Cruz no tema "Casa-Vem Fazer de Conta". No dia 10 de Novembro vamos poder gozar da presença deste autor/compositor que nos irá deliciar com a sua presença ao interpretar ao vivo "Casa-Vem Fazer de Conta".

BERNARDO SASSETTI. Bernardo Sassetti vai dar música. Além de interpretar "A Palavra – Tema Para Sassetti" do álbum "Amor, Escárnio e Maldizer", Bernardo Sassetti tem uma surpresa na manga. Aguardem para ver.

As surpresas vão ficar por aqui? Quem sabe…
Dentro em breve cenas dos próximos Capítulos.
Falta muito pouco tempo para Lisboa ser tomada pelas Doninhas.

Saiba + em www.daweaselonline.com

Thursday, October 4, 2007

"No pidi pa ISU pa no fica li mas 1 ano, no pudi?"



Escreveram-nos de Bubaque hoje mesmo. Pelos vistos os voluntários já estão adaptados e confessam-nos já não conseguirem reproduzir o que sentem que não em crioulo. Por isso, aqui vai...

"Djintis di Portugal, Kuma di Kurpu? Kuma di familia? Kuma di tarbadju?
Anos no ka tene vontadi di escribi pabia no kansa tchiiiiiiiiiiiiiiu!!!
Dia kunsa... No lanta cedo chiu, pabia no tene um vizinhu ki liga radiu 5 oras di parmanha. Tudu dia no kata iagu na fonti, no lava kurpu tris bias no dia, no faci formaçon (i na curri bem!), no kata combie, no ta frega prato, no ta cozinha, no ta bai nada na praia ku iagu quentiiiiiiiii tchiu... Anos faci djumbai, anos badja na tchuba, no mata bitcho na no kau, no passa filme pa mininu djubi (manga di mininus).
Anos sta contenti pabia Bubaki sabi mal!!!!!!!! No pidi pa ISU pa no fica li mas 1 ano, no pudi?
Anos fala mantanhas pa grupo di Cacheu ku Cabo Verde, anos pidi diskulpa pabia no sta na un kau boniiiiiiito chiu!!!
Mantanhas pa djintis di ISU.

(Tradução:
Gente de Portugal, como estão todos? Como está a vossa família? Como corre o trabalho?
Temos tido muita vontade de vos escrever mas estamos tão candados!!!
O dia começa... Nós acordamos cedo, temos um vizinho que ouve rádio às 5 horas da manhã. Vamos todos os dias buscar àgua à fonte, tomamos banhos três vezes por dia, damos formações (estão a correr mesmo bem!), apanhamos ameijoas, lavamos a louça, cozinhamos, tomamos banhos de água quente no mar... Também passamos horas no djumbai (expressão crioula para designar os momentos de conversa e de silêncio em comunidade), tomamos o pequeno-almoço em csa, e passamos filmes para os meninos veres (são tantos os meninos).
Nós estamos bem aqui e não queremos deixar Bubaque!!!! Queríamos pedir ao ISU para ficar aqui por mais um ano, podemos?
Cumprimentos nossoa para os voluntários que estão em Cacheu e em Cabo-Verde!!!
Cumprimentos para o ISU.)

E agora para resumir o nosso trabalho queremos que saibam que...

Já saiu o primeiro Kasinki, o nosso primeiro boletim informativo!!!!!!!!
O museu está a caminhar para a inauguração...
O programa em Português está a começar a ser produzido...
A formação em informática está a correr bem...
O português está a ser um grande desafio...

Até já"

Joana Deus, André Matos, Miguel Quintans e Patrícia Oliveira

Tuesday, October 2, 2007

O que se faz num projecto Nô Djunta Mon, o que se muda, o que se sente...?


“Chegámos finalmente a S. Vicente – Cabo Verde… Já se sente o calor! Quente..abrasador..
No aeroporto tínhamos à nossa espera à Mami e o Eurico..as pessoas que nos acompanharam ao longo da nossa caminhada por S. Pedro.
Carrega, descarrega, caixotes e mais caixotes de livros! Missão Cumprida!

Viagem até ao Mindelo na bela da Hiace! E começou logo a sentir-se o gostinho a Cabo Verde..o crioulo é ouvido pela primeira vez!
Estamos no Mindelo, conhecemos as nossas instalações..nas quais ficaremos até dia 15 de Setembro. E nós com tanta vontade de conhecer S. Pedro! Como será?
Dia 10 de Setembro fomos com o Eurico e o Toy (grande companheiro de aventuras) conhecer a Escola e Comunidade de S. Pedro. Dia 13 iniciámos a formação em Bibliotecas, da parte da tarde, e a Professores e Educadores de Infância, da parte da manhã.
No dia 15 se Setembro mudámo-nos do Mindelo para S. Pedro e demos o nosso primeiro mergulho no imenso mar azul...

No dia 17 de Setembro iniciámos a Formação em Associativismo Juvenil e conhecemos os nossos mais fiéis amigos, os jovens de S. Pedro! Com eles fizemos uma caminhada ao farol, uma festa surpresa para comemorar o aniversário da Maria (dia 21/09/07), comemos Cachupa de Cevada, fomos à Missa, dançámos Kola Son Jon e Zuk, mergulhámos no mar vezes sem conta, comemos Cus-Cus, brindaram-nos com uma dança da Floribela, comemos Moreia Frita, tivemos uma festa de despedida no dia 28/09/07 e uma animação comunitária na Praça de S. Pedro… E o tempo voou… duas semanas em S. Pedro! E tudo soube a pouco… Queríamos mais! Ficaram Saudades! Muitas! Ficou também:
- uma biblioteca organizada, cheia de livros, pronta a ser utilizada pelas crianças, jovens e comunidade;
- um grupo de jovens formados em Associativismo Juvenil que fez uma teatralização e uma palestra sobre a importância do mesmo;
- um grupo de professores e educadores com mais conhecimentos em Direitos Humanos e Dinâmicas Pedagógicas.

Pelo meio de tudo isto ainda voltámos ao Mindelo para realizar o Workshop do GAE, onde estiveram presentes vários jovens que vão estudar para Portugal. Tivemos a oportunidade de conhecer a localidade de “Pedra Rolada” e o centro Juvenil, com o apoio do Frei Silvino. Também aqui se notam as marcas da passagem de equipas anteriores do Nô Djunta Mon.

… E agora chegámos a Porto Novo, prontos para a segunda fase deste projecto, cheios de saudades de tudo o que ficou em S. Pedro e de ouvirmos as crianças a gritar na rua: “MARIA BIA”, “ANA”, “ANDRÉ”!!!
MAS também com muita curiosidade e vontade de avançar e descobrir o que mais nos reserva este projecto!”

Ana, André, Maria :: 30/09/2007, Cabo Verde ::

Thursday, September 13, 2007

Os Projectos Nô Djunta Mon 2007

Os meses de Julho e Agosto do Gabinete de Cooperação foram pautados pelo intenso trabalho de preparação dos 11 voluntários que integram este ano os três projectos Nô Djunta Mon (projectos de voluntariado para a cooperação).
Os projectos têm a duração de dois meses e tiveram início, para a Equipa de Cacheu (Guiné-Bissau), dia 10 de Agosto, e para a equipa de Bubaque (Guiné-Bissau) e Cabo Verde dia 7 de Setembro.

Em Cacheu o projecto está a ser realizado por 4 voluntários (Cátia Lopes, André Azevedo, Teresa Bolas e Sara Dias) que estão a dar formação na área da Animação Comunitária, em Elaboração de Programas de Rádio, Formação em Voluntariado e Formação em Saúde de Base. Estas actividades estão enquadradas no
projecto de combate à desnutrição “Nô Kume Sabi” que o ISU desenvolve em Cacheu desde Janeiro.

Em Bubaque, a equipa é composta por outros 4 elementos (Joana Deus, Patrícia Oliveira, André Matos e Miguel Santos) que irão trabalhar em parceria com a ONG Guineense FASPEBI numa Formação de Língua Portuguesa e Informática com Professores do Ensino Básico e Secundário. A Organização e Dinamização de um Museu de Arte Bijagó e a Elaboração de um Boletim Informativo e de um Programa de Rádio são também outras das actividades que irão desenvolver. A primeira semana do projecto será passada em Bissau onde em parceria com o PVNU irão realizar uma Formação em Voluntariado para várias técnicos e voluntários de Associações e ONG's locais.

Em Cabo-Verde, primeiramente na aldeia de São Pedro na ilha de São Vicente, os três voluntários Ana Miranda, André Bordeira e Maria do Céu Marques em parceria com a ONG Atelier-Mar planearam várias actividades : construção de uma Biblioteca e Formação dos respectivos Bibliotecários, Formação de Pedagogia e Psicologia para as Educadoras de Infância e Professores do Ensino Básico e Formação na área do Associativismo para os jovens de São Pedro. No final do primeiro mês de projecto partem para Santo Antão, para a Vila de Porto Novo, onde no Centro Juvenil da Caritas de Porto Novo, já antigo parceiro do ISU, darão formação na área do Micro-Crédito e Informática aos animadores desta ONG e de Voluntariado aos Professores.

Boa sorte às 3 Equipas!!!

Wednesday, September 12, 2007

Confissões... Momentos de Tensão que Vivemos para Angariar Fundos para os Projectos Nô Djunta Mon 2007


"Pessoal!
Tenho mesmo que partilhar isto com voçês..estou muito preocupada com o dinheiro para o projecto..:(
Faz hoje 15 dias que tivemos a nossa primeira reunião de grupo!Desde então entraram 400 euros para o nosso termometro do financiamento..não sei como vão as vossas angariações a nível pessoal..eu e a Ana Miranda este fim de semana vamos para uma prova de esgrima vender 40 t-shirts Nô Djunta Mon que foram feitas e ninguém as levou para vender. Vendam a amigos, conhecidos, desconhecidos!
Este Sábado há banca na Associação Moínho da Juventude..é de aproveitar! Ninguém pode excepto o André Azevedo?
Acreditem que não estou a exagerar..são 10.000 euros que nos faltam..FORÇA PESSOAL! A sério..
Eu e a Margarida fomos hoje a Câmara de Almada pedir financiamento..dinheiro para agora para o projecto é impossível mas vamos ligar para algumas juntas de freguesia em Almada para fazermos banca no arraial de São Pedro dia 29 de Junho! Se correr tudo bem temos espaço e há muita gente na rua. Organizem-se para podermos mesmo trabalhar em equipa e tirar dali 1000 euros! Acredito que dê! Joana arranjas grelhador?
TEMOS MESMO QUE NOS ESFORÇAR! JURO QUE NÃO HA DINHEIRO! Acreditem que depende de nós!
Estamos juntos??"

Rita Magalhães

Coordenadora da Equipa de Voluntários que Integraram os Projectos Nô Djunta Mon 2007

P. S. O primeiro grupo de voluntários partiu dia 10 de Agosto e este momento aconteceu no final de Junho... Parabéns... Conseguímos!

As Atribulações dos Primeiros Dias em S. Vicente

Notícias de S. Vicente enviadas pelo Parceiro, a Mami, inseridas no contexto do Projecto que os voluntários André Bordeira, a Ana Miranda e a Maria do Céu foram desenvolver em Cabo - Verde. Entre outras:

- a criacção e dinamização de uma biblioteca e angariação de livros para o seu espólio;

- a formação de educadores em educação para a saúde, pedagogia e direitos humanos;

- dinamização dos jovens para a promoção do associativismo juvenil.


"Tudo certo por aqui, depois conto a história toda com calma e eles lá recontam, estes dias foi um remoinho de actividades porque estivemos a preparar a apresentação do projecto de Santo Antão cá em S. Vicente, e há umas formações a começar lá em Lajedos, enfim é o costume só que um pouco mais acelerado.

Por enquanto estão instalados na cidade, eu queria que o primeiro impacto fosse traquilo, em segurança, com água para o duche, fogão, uma caminha razoável, essas coisas, porque a primeira semana para mim iria ser difícil dar-lhes atenção. Mas amanhã já começam a ir a S. Pedro, conhecer o ambiente, as pessoas e vou mostras-lhes as hipoteses que lá há de alojamento, localizei uma casa em construção. É boa mas ainda não tem mosaicos nem luz, mas podemos fazer uma instalação a partir da vizinha que deixa ligar uma extensão. O pior é a cozinha que não tem nada, nem chão, lava-loiçanada, nada. Enfim eu mostro e se eles concordarem então mudam-se. Mesmo que estejam com bom animo e dispostos a tudo eu acho que os primeiros dias é bom estarem com o minimo de conforto para poderem ganhar coragem, não é?

Vou dando notícias,

Um beijo, Mami "

Tuesday, September 11, 2007

De partida para a Guiné-Bissau..Nô Djunta Mon


Falta pouco..

Bissau vem primeiro na lista, mesmo que breve (mas há uma formação a dar, e logo com o PVNU)

Cacheu de seguida, ainda que, e novamente, de passagem para visitar a outra missão do ISU,

Depois chega o destino, o destino....

BUBAQUE, nos Bijagós..


Comigo levo muito do que sou e, como diria um amigo meu, tem que ser o melhor!! em África só o melhor é aceitável, só por isso se deve lutar, porque do modo que as coisas estão só assim se mantém a esperança de pouco a pouco se inverter o sentido. Faço por isso.., quero estar à altura!


A voçês, sim tu também :) um até breve!! Aos meus colegas Miguel, Joana e Patrícia um até já, e a todos um "ESTAMOS JUNTOS"

André Matos

Testemunhos dos Voluntários que estão em Cacheu - Guiné-Bissau


O André Azevedo,a Sara Dias, a Cátia Lopes e a Teresa Bolas, partiram dia 10 de Agosto para Cacheu onde estão a desenvolver um Projecto com as Irmãs Franciscanas de sensibilização de gestantes e das comunidades para o uso de uma Papa Multimistura de Combate à Subnutrição Infantil que compõe ingredientes nutritivos cultivados na Guiné-Bissau.

Passado um mês chegam-nos notícias ao ISU!


"Olá Pessoal de Lisboa. Aqui vão algumas notícias da equipa NDM Cacheu 2007. Já estamos cá quase há um mês e já muita coisa aconteceu e já muito vivemos. Logo na chegada fomos carinhosamente bem recebidos pelas Irmãs Terezinha e Solange. a viagem até á Pensão Central deu para começarmos a sentir um pequeno cheiro daquilo que iríamos viver ao longo de dois meses. Chegámos á Pensão Central e finalmente conhecemos a avó do Isu: a D. Berta. A d.Berta fez questão que ficássemos a passar a noite com ela para lhe fazermos um pouco de companhia. No dia seguinte, fomos com as Irmãs para Canchungo para tratarmos dos pormenores da formação na RENAJ. Conhecemos então o Nael e o Vladimir que são os responsáveis da RENAJ e nos trataram de uma forma muito calorosa. De seguida, fomos finalmente conhecer a nossa casinha muito bonita,um pouquinho ao jeito do sítio do picapau amarelo. Lembram-se? Em Cacheu temos porquinhos pela rua, muitos galos e galinhas sempre a cantar e também muitas cabritas. Tudo isto no meio do imenso verde. As duas semanas qeu se seguiram foram por conta da formação que demos na Escola de Voluntariado em Canchungo onde a Sara e a Teresa deram formação em metodologia de projecto e o André e a Cátia formação em voluntariado, associativismo. Na segunda semana, a Teresa e A Sara foram para Cacheu trabalhar com os sensibilizadores e o André e Cátia ficaranm mais uma semana em Canchungo a dar saúde sexual reprodutiva. Muito bom! Na semana seguinte tivemos a grande inauguração do Projecto "Nô Kume Sabi" com uma peça de teatro feita pelos próprios sensibilizadores e uma apresentação em vídeo das irmãs apresentada pela Irmã Luciane e o André. Entretanto, a Cátia e o André começaram a formação em voluntariado com os jovens das associações de Cacheu onde pretendemos fazer a divulgação da multimistura. Eles mostram-se entusiasmados em ajudar na divulgação deste projecto. No fim-de-semana passado fomos com as Irmãs passear para uma praia de Canchungo e comer camarões á beira rio. foi lindo!!! e como diz a Teresa: as irmãs são grandes e são lindas!!! Viemos hoje a Bissau tratar de uns assuntos e tar um pouco com a D.Berta. Por agora as novidades são estas, há muito mais para contar, mas o tempo é pouco e a internet custa caro. Beijos da equipa toda para o ISU, amigos e familiares!!!Estamos todos cheios de saudades!!!!!!!! Nô sta djunto!!!"

Friday, May 25, 2007

Monday, May 21, 2007

O Testemunho de quem fez o Nô Djunta Mon

Guiné-Bissau… a terra que sabe




Bubaque… a ilha “isolada”, sem telefone, luz, água corrente, que nos acolheu durante dois meses. Recebeu-nos de braços abertos, com a sua beleza natural, os seus costumes, a sua música e, principalmente, a alegria da sua gente. Gente sábia, onde os “omis grandi” são ouvidos e respeitados, as “mindjeres”, as mais bonitas e lutadoras de todas, caminham com os filhos às costas e os alguidares à cabeça, e os “mininos” que, apesar de ainda crianças, pensam e falam como gente grande. Gente sofrida, batalhadora, paciente, com histórias de vida impressionantes e inesquecíveis. Gente que tem tão pouco e, ainda assim, nos deu tanto.

Chegámos num dia cinzento, após quatro horas de viagem, a um porto aparentemente caótico, onde pessoas e animais esperavam a canoa vinda da capital. Um carro, dos pouquíssimos existentes na ilha, aguardava-nos e levou-nos àquela que iria ser a “nossa” casa, ainda vazia, mas que depressa se encheu, com coisas e pessoas que, após alguns dias, paravam e ficavam para o “djumbai”. Crianças e adultos, com quem aprendemos, através deste tempo que passávamos juntos, que às vezes um olhar vale mais que mil palavras.

E assim começou o “Nô Djunta Mon” em Bubaque, com idas regulares ao poço, ao mercado, ao porto, que aos poucos foi ganhando cor e sentido, e como não podia deixar de ser, aos nossos locais de trabalho, onde partilhámos experiências e saberes com as “nossas” mulheres, professores, jornalistas, bibliotecárias…

Foram dias cheios, divididos entre as tarefas domésticas e as actividades de formação, terminados em noites recheadas de estrelas, desejos, relâmpagos, conversas… Sem esquecer o jantar, um peixe daquele mar delicioso, à luz das velas e ao som da rádio local “Djan-Djan”.

No final, trouxemos na bagagem sorrisos, histórias, aventuras e a vontade de um dia querer voltar. Voltar a estar com aquela gente, a pisar aquela terra, a sentir aquele mar. Voltar a viver um dia de cada vez, com a certeza de que hoje estamos aqui. E amanhã?

Patrícia Cunha
Ex-Voluntária que integrou o projecto em 2006



Bissau... Soube-nos a Vida!



“E ali estávamos nós ofegados pelo calor que nos cercava e fazia com que falássemos baixinho.. colados e transpirados..com as pernas entrelaçadas.. iluminados por uma vela.. como num episódio de um filme romântico! Saíste.. entraste..! Saíste sozinho e entraste acompanhado..com um grande sorriso na cara! Rimos juntos! Ás gargalhadas e deliciados partilhámos o copo ( com uma bebida vinda de longe! Deliciosa!), o prato.. uma soberba refeição!! Soube-nos a vida! Não pelo que era mas por tudo o que significava!

A verdade é que a situação não tinha nada de romântico e só estávamos colados porque não havia mais espaço!!! Tudo se passava num rústico restaurante da nossa Guiné.. como não podia deixar de ser!

O calor era de facto ofegante porque o calor da Guiné é assim! Húmido, acolhedor e amigo! Estávamos colados por sermos oito ( não éramos um casal apaixonado! Não! Éramos um grupo de voluntários! Não menos apaixonados, por certo!) Estávamos sentados numa estreita mesa de madeira (pequena tábua?!)..sem romantismos, sem suspiros e sem promessas de amor! A viver cada momento como se fosse o primeiro!! Pernas entrelaçadas porque se não estivessem não chegávamos sequer ao prato! O copo.. foi uma guerra para encontrar-mos um limpo!(sei que tentaste Cátia!) Partilhámos o mesmo espaguete.. o prato da casa (único por sua vez) acabadinho de fazer.. disso não tínhamos dúvidas..! É que..

Bom.. o Hugo tinha saído para ir comprar as bebidas à mercearia..(não porque o stock estivesse esgotado no restaurante.. nunca!! Apetecia-nos algo da mercearia! E então?!!) Voltava com o dono do restaurante a quem tínhamos acabado de fazer o pedido daquele grande pitéu!! (Na verdade era mesmo bom! Soube-nos muito melhor que qualquer pasta servida num restaurante em Roma!).

Voltavam juntos porque se tinham encontrado na mercearia.. um encontro casual.. nada de surpreendente.. ”Por aqui?, perguntou o Hugo. Conversa puxa conversa ou conversa descontraída à moda da Guiné puxa conversa descontraída à moda da Guiné e o Hugo acabou por emprestar dinheiro àquele grande gestor hoteleiro, para que comprasse o espaguete que viríamos a comer 20 minutos depois!! Fresquíssimo! No final.. nada que não se resolva com um acerto de contas!

Há coisas que na Guiné, como que por magia, foram estranhamente descomplicadas! E não me venham cá dizer que não há magia porque há!!Cá onde eu vivo, nos sítios onde só há lugar para três não cabem trinta! Nem comida feita para dois dá para dez!É bruxedo de certeza!Só pode!

E foram estes os momentos que nos uniram a ela... à Guiné... a ele... Nô Djunta Mon... era paixão que sentíamos...! Só podia...!

Rita Magalhães
Ex-voluntária que integrou o projecto em 2006




Me ta levo’b na nha pensament...



Lembro-me muitas vezes da viagem de avião de volta para Portugal. O sol começou forte e pôs-se antes de Lisboa, as nuvens brancas seguiam-se calmamente e o meu pensamento estava preso, a sufocar, à ilha que eu temia nunca mais rever. Cantava para mim, repetidamente, uma música que várias vezes ouvi tocar em Santo Antão, nas violas quentes dos nossos amigos, que fala do mar azul... aquele mar que por baixo de mim desaparecia.
Me ta levo’b na nha pensament...

Em algumas horas a planar sobre o Atlântico, dois meses de acontecimentos foram-se condensando em conclusões, aprendizagens, medos, surpresas, desejos. Fui tentando arrumar - em jeito de desarrumação – as mil coisas que trazia presas a mim daquela terra. O calor, as pessoas, o mar, as músicas, a comida, os sorrisos, o empenho, a paisagem, os hábitos, os sítios, os cheiros... Tentava guardar tudo bem guardadinho, não fosse eu perder nada, mas ao mesmo tempo ficava como uma criança que não quer guardar os bonecos e que continua a brincar com eles. Enquanto todas aquelas sensações estivessem frescas, só queria revivê-las, pensá-las, sorri-las. Apetecia-me abraçar tudo com força suficiente para levar Porto Novo comigo, a cidade que foi, durante um bocadinho, um bocadinho minha.
Mas o avião não parou nunca. E aos poucos, eu, a criança resignada, fui guardando os brinquedos. Mas não longe: ficaram guardados na bagagem de mão, para que estivessem sempre perto, e ainda aqui estão agora, como uma manta em que me enrolo quando tenho frio.

Cabo Verde é um país de forças. Com uma terra madrasta e um mar pai, as pessoas aprenderam a olhar as dificuldades com um olhar misto de desafio e respeito, tão pronto para ir à luta como para reconhecer a importância de ter suficiente. Há riquezas que lá conheci que nós, portugueses europeus do mundo industrial, perdemos há muito tempo no nosso caminho. E ainda que as riquezas sejam incomparáveis – a beleza não mata a fome como o dinheiro não mata a infelicidade – eu encontrei-me na riqueza daquelas ilhas; na calma com que a vida decorre, nos sorrisos e acenos das pessoas, no calor contagiante, na genuinidade das palavras, na humildade. Encontrei-me na simpatia da vizinha que nos emprestava a panela, na mercearia onde ia buscar o pão quente pela manhã, na praça onde as crianças brincavam incansavelmente, na paisagem seca onde os rios não passam e na paisagem verde que os rios abençoam, na costa infinita de mar azul que todos os dias eu via ao fundo do meu dia-a-dia. É uma terra de contrastes e de diferenças mas onde reina uma harmonia inexplicável.

Um pouco dessa harmonia ficou comigo. Sinto-a todos os dias e sinto-me infinitamente grata por isso. Cabo Verde ensinou-me algo, mais do que eu consegui ensinar-lhe.

Desde que o avião aterrou em Lisboa, já de sol posto e repleta de luzes, que continuo a vizualizar aquele céu marejado de nuvens brancas e calmas, trespassadas pela luz forte do sol, a afastarem-se por cima do mar azul. Continuo a ornamentar a imagem com a mesma música e é, para mim, um símbolo de memória, calma e crescimento. Há momentos na vida em que sentimos um hiato, um intervalo entre duas coisas distintas. Eu senti-o naquele momento. Sou grata por mil coisas na minha vida, devo ser uma pessoa de sorte... e Cabo Verde foi sem dúvido o mais poderoso amuleto que pisei.

Sandra Faustino
Ex-voluntária que integrou o projecto em 2006